Numa era dominada pelo Google, Amazon e muitos outros gigantes da tecnologia, o cenário digital está a passar por uma mudança revolucionária com o surgimento da tecnologia Web3. O inventor da Internet, Sir Tim Berners-Lee, expressou preocupação sobre a forma como a Internet se desviou da sua visão original, destacando preocupações sobre a privacidade dos utilizadores e a propagação de desinformação. Este artigo explora a promessa da Web3, um conjunto de tecnologias que inclui blockchain, inteligência artificial, Internet das Coisas e realidade estendida. A Web3 visa superar as deficiências da Web1 e da Web2, descentralizando o controle, capacitando os usuários e remodelando o ecossistema financeiro. Também explora o impacto da Web3 nos criadores e nos desafios que enfrentam, destacando as tendências que moldarão o futuro da era digital. O artigo explora o potencial transformador da tecnologia Web3, que representa um novo paradigma para a era digital. Compare a evolução da Internet da Web1 para a Web2 com o surgimento da Web3 como uma solução para as deficiências do cenário digital existente dominado por gigantes da tecnologia como Google e Facebook. Contexto: Os primeiros estágios da Internet (Web1) foram caracterizados por sites estáticos que serviam como centros de informação. A Web2 deu então origem a aplicações colaborativas e comunidades online, que melhoraram a conectividade, mas à custa do controlo centralizado e da exploração de dados por grandes empresas. Tecnologia Web3: Web3 é baseada em tecnologias de ponta, incluindo redes blockchain (como Ethereum), inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e realidade estendida (XR). Estas tecnologias visam descentralizar o controlo, capacitar os utilizadores e promover um sentimento de propriedade, permitindo a participação activa em vez do consumo passivo. Revolução Financeira: Web3 introduz o conceito de tokens de software, que permitem aos usuários digitalizar ativos e estabelecer interesses financeiros em sua presença digital. Isto elimina a necessidade de intermediários como bancos e gigantes da tecnologia facilitarem as transações peer-to-peer. Stablecoins: Stablecoins lastreados em ativos como o dólar americano cresceram em popularidade, com um valor de mercado de mais de US$ 100 bilhões. Grandes players como PayPal, Citigroup, Visa e JPMorgan estão entrando no ecossistema financeiro Web3, validando ainda mais o seu potencial. Integração de IA e Contratos Inteligentes: A integração de IA no Web3 permite que os criadores recebam royalties imediatos quando seu trabalho é usado para treinar modelos de IA. Os contratos inteligentes, uma parte central da Web3, são autoexecutáveis e eliminam a necessidade de aplicação legal tradicional. NFTs e ganhos de criadores: No ecossistema Web3, os criadores ganharam US$ 24 bilhões vendendo seu trabalho como tokens não fungíveis (NFTs). Isto contrasta com plataformas tradicionais como o Spotify, uma plataforma Web2, que pagou 7 mil milhões de dólares em royalties a artistas em 2021. Tokenização e democratização: Os tokens na Web3 dão aos utilizadores propriedade direta e participação económica em projetos e plataformas digitais, marcando uma mudança em direção à democratização. e descentralização de forças. Desafios e Riscos: Apesar das suas promessas, a Web3 enfrenta desafios e riscos potenciais. A proliferação de tokens levantou preocupações sobre jogos de azar e apostas. Além disso, o sucesso da Web3 depende da mudança de redes centralizadas em nuvem, como Amazon Web Services, para infraestruturas mais descentralizadas para conectividade à Internet, armazenamento e dados espaciais. Em última análise, a Web3 representa uma mudança transformacional no cenário digital, proporcionando uma experiência de Internet mais descentralizada e democratizada. Embora apresente oportunidades promissoras, também enfrenta desafios que devem ser enfrentados para que todo o seu potencial seja concretizado.
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